Agilidade - O que é? Qual a sua importância?

Nos últimos anos tem havido uma constante batalha entre investigadores na tentativa de encontrar a definição correta para uma das mais importantes características dos desportos coletivos, a agilidade. 

A definição que melhor caracteriza esta habilidade está referida como sendo um "movimento corporal rápido com mudança de velocidade ou de direção em resposta a um estímulo" (Sheppard and Young 2006). Contudo, há investigadores que vão ainda mais longe, afirmando que a agilidade em contexto de desportos coletivos engloba não só a capacidade de mudança de velocidade/direção, como também a capacidade de antecipação, tomada de decisão e de leitura de jogo.

Esta habilidade é crucial para a performance dos atletas em desportos coletivos invasivos (em que o objetivo é entrar na área adversária) como o futebol, basquetebol, rugby, andebol, entre muitos outros, tudo isto porque, em situação de jogo, a maioria dos acontecimentos rodeia-se de aspetos que requerem agilidade. Desta forma, o treino desta habilidade deve ser dividido em dois planos. Numa primeira fase, o treino deve ser de cariz técnico, direcionado para uma vertente mais próxima daquilo que é a mecânica da modalidade em que o atleta está inserido, com recurso a escadas de agilidade (agility ladders), mini-barreiras (mini-hurdles), cones, entre outros. Mais tarde, o treino deve ser combinado com um ambiente mais realista àquilo que é a modalidade em causa, tentando potenciar ao máximo as condições reais de jogo, desta feita num contexto mais imprevisível e objetivo (Bloomfield et al. 2007).

Sendo então definida pela literatura como sendo "a resposta a um estímulo", a maioria dos testes avaliadores desta habilidade podem então ser incoerentes, visto que são testes predefinidos, não contendo qualquer tipo de imprevisibilidade imposta ao atleta. Estudos recentes abordam o facto de testes como o T-test, Illinois agility test, arrowhead agility test, e o pro-agility test (provas de avaliação de agilidade) serem na verdade testes de velocidade com mudança de direção (CODs), exatamente por não possuírem qualquer tipo de tomada de decisão.